Smartphone, celular, em uso.

Mais de 400 mil pessoas estão fora do perfil do Bolsa Família e para corrigir essa irregularidade, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) lançou essa semana um plano para prevenir fraudes no Bolsa Família e no CadÚnico para Programas Sociais do Governo Federal. A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda, 18.

A estratégia, que teve início no ano passado, prevê oito ações. Segundo o ministro Wellington Dias, atualmente cerca de 2% das famílias que recebem a renda não se encaixam nos critérios.

Entre as alternativas utilizadas, o governo federal vai usar tecnologias de IA para fazer um novo pente-fino no Bolsa Família e no Cadastro Único.  “A gente normalmente trabalhava com o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), o cadastro do emprego, trabalhava com a renda declarada, as informações dos municípios, agora não, nós vamos ter mais de 1,3 pentabytes de informações em sistema de cruzamento e esse cruzamento com inteligência artificial que permite alcançar ali informações precisas sobre quem é de alguma forma não está cumprindo a regra e está recebendo”, explicou durante evento que apresentou o Plano de Ação da Rede Federal Fiscalização do Bolsa Família e do CadÚnico, no ministério, nesta terça, 19.

O CadÚnico passou por reformulação após uma ação movida, em 2020, pela Defensoria Pública da União que criticava a desestruturação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e distorções em cadastros. De acordo com o governo, o plano vem após o Tribunal de Contas da União apontar divergências de renda e de composição familiar, além de falta de atualização e inconsistência de dados. O Bolsa Família deve alcançar em março 20,89 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,15 bilhões.

As oito medidas do plano são as seguintes:

  • Construção de um plano de comunicação da rede de fiscalização;
  • Implantação de uma unidade de pesquisa, estratégia e gestão de risco;
  • Elaboração de uma proposta para melhoria da base de dados;
  • Avaliação dos termos de adesão aos programas sociais;
  • Criação de um cronograma de auditorias;
  • Tratamento e a comunicação aos órgãos de controle dos casos de irregularidade identificados;
  • Criação de um fluxo de denúncias; e
  • Estabelecimento de uma comunicação externa para informar outras instâncias governamentais, órgãos de fiscalização e iniciativas de controle social.

Quem tem direito?

A principal regra do Bolsa Família para ter direito ao benefício é possuí renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa. Os cidadãos também precisam arcar com contrapartidas, como:

  • manter crianças e adolescentes na escola;
  • no caso de gestantes, fazer o acompanhamento pré-natal;
  • manter as carteiras de vacinação atualizadas.
  • O pagamento é de, no mínimo, R$ 600por família, além de adicionais:

R$ 150 por criança de até 6 anos;

R$ 50 por gestantes e crianças e adolescentes de 7 a 17 anos;

R$ 50 por bebê de até seis meses.

Da Redação com informações da Ascom MDS

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